quinta-feira, 14 de julho de 2011

MAE NO TRABALHO FILHO NA ESCOLA


Uma pesquisa recente afirma que, quando crianças frequentam a pré-escola, suas mães têm uma participação 28% maior no mercado de trabalho. “ As mães só voltam a trabalhar quando colocam a criança na escola, ou quando alguém pode tomar conta do filho”, explica Jaqueline Severino da Costa, autora da tese de doutorado Impacto da frequência pré-escolar dos filhos sobre o trabalho das mães, defendida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Para avaliar o efeito da frequência escolar dos filhos no trabalho das mães, Jaqueline estudou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entre 2002 e 2008 e buscou dados de famílias com filhos na faixa etária dos 5 anos. A pesquisadora constatou que a frequência pré-escolar dos filhos aumenta em, aproximadamente, 28% a participação das mães no mercado de trabalho. Além disso, a jornada sobe em 19 horas semanais. São quase quatro horas diárias a mais. Esse fator, porém, não reflete em aumento salarial. “É provável que o nível de escolaridade das mães seja preponderante”, afirma Jaqueline.

A idade das mães também influencia em sua vida profissional. Mães mais velhas tendem a colocar logo os filhos na pré-escola e, consequentemente, a participar mais do mercado, por já terem maior experiência e uma carreira mais bem consolidada.

Uma maior frequência pré-escolar de crianças ajudaria a capacitação de pessoas para contribuição social e econômica do país. “Deve-se investir nisso, pois os benefícios são de curto prazo, como a geração de empregos diretos em creches e escolas, e de longo prazo, com o melhor desenvolvimento da capacidade cognitiva das crianças e a participação feminina no mercado profissional”, afirma a pesquisadora.

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