terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vuvuzelas, barulho e os riscos à audição das crianças

As vuvuzelas ficaram famosas na disputa da Copa do Mundo da África. São cornetas levadas aos estádios ou qualquer lugar onde se veja jogos, fazendo um barulho danado.

Animada para alguns, a vuvuzela pode trazer riscos à criançada. Uma corneta utilizada nos jogos da Copa, por exemplo, pode emitir um som de até 125 decibéis. E adivinhem, mamães, quanto o ouvido humano pode suportar sem que haja muito incômodo? De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, os sons suportados pelo ouvido humano são aqueles de até 85 decibéis.

Olha o tamanho do risco. O som da vuvuzela é mais alto do que uma serra elétrica ou cortador de grama, que chegam a 110 decibéis, ou uma sirene de ambulância, que pode chegar a 120.

Lógico que não é preciso ter pânico. Vez ou outra não tem problema. Mas comprar uma vuvuzela pode não ser o presente ideal.

Um ruído muito alto e repentino pode provocar um trauma acústico, isto é, lesões na orelha externa e interna.

Na externa, pode ocorrer perfuração da membrana timpânica. E se o prejuízo chegar internamente, as células ciliares poderão ser lesionadas, tanto as externas quanto as internas. São essas células que potencializam o som dentro do ouvido e o transformam em impulso nervoso, gerando a audição.

A conseqüência pode ser temporária ou permanente. Quanto maior à exposição ao ruído, maior será o dano para a audição. Os sintomas de um trauma acústico para as crianças são os zumbidos (ruído no ouvido mesmo em ambiente silencioso), tontura e irritação. As pequenas que não sabem falar podem ficar irrequietas e incomodadas sem motivo aparente.

O problema durante as comemorações não são só as cornetas de plástico, os fogos, músicas em volume alto, e outros tipos de corneta também são perigosos.

Uma perda de audição nas crianças pequenas pode levar a um prejuízo na aquisição da fala e linguagem e na concentração.

Conselhos: Evite lugares aglomerados e com muito ruído com as crianças. Prefira ficar em casa ou com um grupo pequeno de amigos. Se isso não for possível, proteja os pequenos com protetores auriculares para que o som das vuvuzelas ou qualquer tipo de corneta cheguem em menor intensidade na orelha das crianças.

Lembrete: esses dados servem para os pequenos e também para os grandes.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PARTO NORMAL OU CESARIANA?

Parto normal é quase uma unanimidade entre os melhores médicos brasileiros. Mas mesmo assim, o aumento do número de cesarianas é um fato mundial e se deve sobretudo ao avanço tecnológico, facilitador de um diagnóstico tão acurado das condições da criança no útero que, em alguns casos (em centros mais avançados), é possível até mesmo curar certas doenças fetais.

Mas então por que os médicos insistem tanto para um parto normal?

Veja o quadro comparativo abaixe e entenda um pouco mais:


Parto Normal

1 A recuperação é rápida.
2 Não há dor pós-parto.
3 A rápida recuperação deixa a mãe mais tranqüila, o que favorece a lactação
4 A alta é mais rápida, o que possibilita à mãe retomar seus afazeres prontamente.
5 A cada parto normal, o trabalho de parto é mais fácil do que no anterior.
6 Se a mulher vir a sofrer de mioma (patologia comum do útero), na eventual necessidade de uma operação, esta será mais fácil.
7 O relaxamento da musculatura pélvica não altera em nada o desempenho sexual.

Cesariana

1 A recuperação é lenta.
2 Há dor pós-parto.
3 A recuperação lenta atrasa um pouco a lactação.
4 A alta demora mais, o que causa atrasos na retomada de suas atividades.
5 A cada cesariana, o trabalho de parto é mais complicado do que no anterior.
6 A operação do mioma, neste caso, se complica devido às aderências e às cirurgias anteriores.
7 Qualquer operação cirúrgica pode trazer complicações à saúde, o que pode prejudicar a disposição sexual.

Obviamente, há casos onde não exista a possibilidade de escolha. Veja quando a Cesariana é necessária:

A posição da criança não é adequada (ao invés de ela estar de cabeça para baixo, está sentada).

Não houve boa dilatação do colo do útero.

A criança é muito grande.

A bacia da mãe é muito pequena, não dá passagem para a criança.

Durante o trabalho de parto, surge o sofrimento fetal (demora que pode causar falta de oxigenação), quando esperar o desenrolar do trabalho de parto pode ser prejudicial à saúde do bebê.

Descolamento prematuro da placenta (que ocasiona hemorragias e falta de oxigenação).

Encurtamento do cordão umbilical.

Mãe de primeiro filho idosa.

Eclâmpsia ou pré-eclâmpsia (acesso convulsivo da parturiente).

Insuficiência placentária.

Sensibilização do feto pelo fator Rh.

De qualquer maneira, jamais tome uma decisão sem conversar com seu médico, só ele pode lhe indicar qual parto é o mais adequado para o seu caso.